Pode
ser encontrado no Brazão da cidade de Samarcanda, em antiguidades
Etíopes e Coptas, nas rochas da Mongólia, em anéis tibetanos, nos
ornamentos de peito de Lahul, Ladak e em todos os países do Himalaia, e
na cerâmica da era neolítica.
É visível nas
bandeiras budistas. O mesmo símbolo é marcado em cavalos mongóis. Nada,
então, poderia ser mais apropriado para reunir todas as raças do que
este símbolo que não é um mero ornamento, mas um símbolo que carrega com
ele um profundo significado.
Existiu por imensuráveis períodos de tempo e pode ser encontrado pelo
mundo todo. Ninguém, portanto, pode pretender que pertença a qualquer
seita específica, confusão ou tradição, e ele representa a evolução da
consciência em todas as suas variadas fases.
Quando se trata de
defender os tesouros do mundo, não poderia ter sido selecionado um
símbolo melhor, pois ele é universal, de antiguidade ilimitada e carrega
com ele um significado que deveria encontrar um eco em cada coração.
Helena Röerich escreveu, no livro “Cartas de Helena Röerich”, Volume I, Tomo II:
A nobre idéia da Bandeira da Paz deve gradualmente tomar a vida e,
como diz um escritor, “Cada cientista, cada criador, cada professor,
cada estudante, cada um que pensar sobre o significado da História, deve
apressar-se em responder à convocação de Nicholas K. Röerich, que ergue
a Bandeira da Paz por sobre todo o mundo. É claro que esta paz é também
luta. Mas não é uma luta pelo bem-estar pessoal, mas sim uma defesa
contra as forças obscuras, que estão atacando os tesouros do
espírito...” Não são os estatutos que importam, e sim a vontade
individual dos trabalhadores culturais.
Eles não estão unidos ainda, mas precisam fundir-se numa corrente, num
rio que flui, engrossando-se ao desaguar no grande oceano de idéias...
A idéia de defender as criações do gênio humano é tão bela e tão
essencial que é imperativo pô-la em prática o mais cedo possível. Pense
quantos anos terão transcorrido antes que a consciência das massas
esteja preparada para respeitar o que a Bandeira se propõe, mas o tempo
não espera. Na Espanha foi recentemente destruída uma igreja antiga,
juntamente com as pinturas de alguns dos melhores mestres. É longa a
lista dos inestimáveis tesouros que têm sido destruídos. Está na hora de
pôr cobro a este vandalismo.
INFORMAÇÕES SOBRE A PINTURA – MADONA ORIFLAMA – 1932
Na iconologia de
Röerich, as mulheres são propagadoras e guardiães da cultura e beleza
universal, as que levantarão a Bandeira da Paz. “Mulheres, realmente
vocês tecerão e desdobrarão a Bandeira da Paz”, escreveu ele.
“Destemidamente vocês ascenderão para defender o aperfeiçoamento da
vida. Vocês acenderão um belo fogo em cada lar que criar e o sustentará.
Vocês dirão a primeira palavra sobre beleza. Vocês pronunciarão a
palavra sagrada CULTURA”. Indubitavelmente a imagem que Röerich tem da
mulher foi inspirada e influenciada por Helena Röerich, que devotou
muitos dos seus escritos ao papel destinado às mulheres na Nova Era.
Numa carta
escrita para um amigo em 1937 ela expressou com muita eloqüência a sua
visão sobre este papel: “As mulheres devem acreditar que elas possuem
toda a força e, no momento em que elas se despojarem dos
condicionamentos impostos pela velha era no que concerne a sua aparente
subjugação legal e inferioridade mental e se ocupar com uma educação
diversificada, ela criará em cooperação com o homem, um mundo novo e
melhor. Verdadeiramente é essencial que a própria mulher conteste a
declaração desmerecida, indigna e de profunda ignorância sobre a sua
receptividade passiva e conseqüentemente sua inabilidade para criar
independentemente. Mas no cosmo interno não há elemento passivo. Na
corrente da criação cada manifestação ocorre por turnos, se tornam
relativamente ativo ou passivo, doador ou receptor. O Cosmos afirma a
grandiosidade do Princípio criativo da mulher. A mulher é a
personificação da natureza, e é a natureza que ensina ao homem e não o
homem que ensina a natureza. Portanto, que toda a mulher acredite na
excelência de sua origem e que elas se esforcem pela aquisição do
conhecimento. Onde há conhecimento existe poder.
Nas lendas
antigas eram atribuídas às mulheres os papeis de guardiães do
conhecimento sagrado. Então, que elas também se lembrem de Eva a sua
ancestral que foi difamada e caluniada e, que novamente dêem ouvidos a
voz da intuição, não apenas comendo o fruto do conhecimento do bem e do
mal, mas também plantem quantas árvores forem possíveis que produzam o
fruto do conhecimento; e como outrora, quando ela privou Adão do seu
estúpido e sem sentido estado de graça, deverá conduzi-lo para uma nova
visão ainda mais vasta e ampla e para a majestosa batalha com o caos da
ignorância pelos direitos divinos da mulher.
A Madona
Oriflama (1932), segurando a Bandeira da Paz, o trabalho que Röerich
escolheu para representar o Pacto da Paz, está pintada com uma auréola
dourada, vestida em um robe de veludo de cor púrpura e sentada em uma
almofada. Os três círculos do símbolo da bandeira são repetidos no
adereço da cabeça. Ela é uma descendente direta da Rainha do Paraíso e
da Mãe do mundo. Em cada lado dela estão duas janelas estreitas e
arqueadas através das quais pode ser vista uma paisagem salientada por
pequenas torres e pináculos de uma velha cidade européia, à maneira das
pinturas renascentistas. Esta alusão visual ao Renascimento pode ser um
atributo simbólico ao florescimento do humanismo e cultura que
caracterizaram este período dentro da Era Cristã.
FONTE: http://www.roerich.org.br/site/bandeiradapaz.html
|
3 comentários:
OMG muito grande isso,nem vo terminar hoje mais tenho que entregar amanhã =/
Eu acho que aquela parte da escritora não em nada a ver com o simbolo da bandeira da paz...Quando as pessoas vão pesquizar isso para algum trabalho seja qualquer trabalho escolar etc... Vocês confunde elas porque não da pra saber se isso faz parte da Do símbolo ou não...eu achei muito boom o primeiro texto mais o segundo não por que não entedi nada.....Espero que melhorem,muito obrigado !
Concordo com o segundo comentário não entedi nada tabém e espero que melhore
Postar um comentário